segunda-feira, 4 de maio de 2015

[Filme] A teoria de tudo



     
A teoria de tudo: Biografia de um gênio materializada por outro de forma magistral


   Trailers e teasers são definitivamente essenciais na campanha de divulgação de qualquer filme minimamente comercial e consequente fatores decisivos na conquista de um espectador. Alguns deles podem iludir e fazer a obra parece muito melhor do que ela realmente é, como foi o caso de "Acima das Nuvens" (Oliver Assayas, 2014) ou podem já adiantar de fato o desastre que nos espera, como aconteceu com "Mortdecai"(David Koepp, 2015). Já no caso de "A teoria de tudo"(James Marsh, 2014), adaptação da biografia de Sthephen Hawking, desde as prévias ficou muito claro o que teríamos pela frente: Não haveriam muitos rodeios nem truques, apenas a dureza de uma história real abordada com delicadeza e talento.
     Muito similar ao recente "O jogo da imitação" (Morten Tyldum, 2015), o roteiro permeia a vida do brilhante físico inglês de forma rigorosa e assustadoramente fiel, seja na ordem cronológica dos fatos ou nos trejeitos e ideologias do biografado. É certo que, pela história girar em torno de um portador de esclerose lateral amiotrófica, doença degenerativa em constante evolução, foram necessárias consideráveis doses de sensibilidade e leveza por parte da direção. Isso justifica as surpreendentes passagens cômicas que se mesclam em meio a irrepreensível fotografia de Benoit Delhomme. 
     Justiça seja feita: seria um ultraje se o Oscar de melhor ator não tivesse ido para Eddie Redmayne, mesmo com a concorrência poderosa deste ano. Assim como a Felicity Jones, atriz que interpreta o par romântico dele no longa, por um bom período de tempo, eu subestimei Eddie, tomando-o apenas como apenas mais um rostinho bonito que deu certo em Hollywood. Ao findar da película porém, precisei engolir meus julgamentos diante da esplêndida performance de ambos. Para ele, em especial, não deve ter sido fácil passar a maior parte das gravações preso a cadeiras de rodas, sob o dever de transmitir todo o interior do personagem apenas com olhares e sorrisos. Não é a toa que além dos prêmios, o ainda jovem ator conquistou também a aprovação do próprio Howking: Devida honra que nenhum teaser conseguiu antecipar.

AVALIAÇÃO: Muito bom.

RECOMENDAÇÃO: Observe a sutileza como assuntos pesados como a separação, a gratidão e a ambição são inclusos no roteiro. Uma abordagem tímida, as vezes fria,  mas sempre madura e sólida!

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